Terra sobre pedra
Ódio sobre os olhos
Cada palmo dessa estrada
Uma voz chorava
Uma vontade morta
Medo quanto medo
Sonhos tantos sonhos
Deus a ti proponho
Me abrir a porta
Se aqui meu filho chora
E o poder ignora
Improdutivamente humana
Nunca foi doce a bala
Mas uma voz se cala
E o leite se derrama
Vermelho leite
Fome de tantos
É tanta guerra
E tão pouca terra
Pra me dar um canto
Poucos têm muito
Muitos sem nada
Povo que sonha
Dorme a vergonha
Da Pátria amada